Bem vindo!




Antologia significa coleção de flores, porém, com uso mais comum relacionado a coleção de trabalhos literários.

Chamo esse blog de 'minha antologia' na intenção de colecionar textos de diferentes naturezas em um só local.

Falo aqui dos meus interesses: literatura, linguistica, ensino,educação, música, arte e fé cristã.





Bem Vindo!



quarta-feira, 3 de julho de 2013

Instabilidade motora

É considerada pelos autores como o tipo mais complexo de distúrbios psicomotores. É manifestada por uma necessidade de movimentação excessiva, falta de relaxamento, irrequietude e instabilidade do corpo. É conhecida pelos norte-americanos como “síndrome hipercinética” sendo relacionada com lesões menores do diencéfalo ou ainda com origem genética.
Faz - se relevante ressaltar que a instabilidade motora é um fenômeno normal nas crianças antes da idade escolar. O que é caracterizado por instabilidade da criança escolar é, na verdade, a persistência de um comportamento da criança pré – escolar. A psicóloga clínica Carolina Rodrigues em sua página da internet cita características gerais da irrequietude motora:
·         Desatenção;
·         Movimento de “enguia”;
·         Ausência da capacidade de autoproteção;
·         Ousadia desmedida;
·         Egossintonia (a criança não sofre com sua irrequietude, mas com as consequências advindas).

Por detrás da irrequietude, encontram-se profundas ansiedades que fomentaram no modo como a criança organizou as suas relações com as pessoas e objetos. A psicóloga supracitada afirma que a instabilidade motora é uma busca sem fim de um objeto de amor, uma insatisfação permanente. A criança anseia por um local ou um objeto de satisfação ou segurança, contudo quando encontra tal objeto, um novo local ou uma nova atividade rapidamente adquirem nova insegurança e desconforto dando fruto a uma movimentação excessiva e constante que pode parecer demasiada para o observador, no entanto necessária para esse indivíduo para uma relativa estabilização.
             A professora Rosângela Pires dos Santos em seu fascículo Psicomotricidade apresenta características da instabilidade motora:
  • instabilidade emocional e intelectual;
  • falta de atenção e concentração;
  • atividade muscular contínua (não terminam as tarefas iniciadas);
  • falta de coordenação geral e de coordenação motora fina;
  • equilíbrio prejudicado, hiperatividade;
  • altos e baixos em provas psicométricase idade mental baixa nas provas de desenhos;
  • deficiência na formulação de conceitos e no processo da percepção: discriminação de tamanho, orientação espaço-temporal, discriminação da figura-fundo etc.;
  • alteração da palavra e da comunicação, atraso na linguagem e distúrbios da palavra;
  • alteração da função motora: atraso nos níveis: atraso nos níveis de desenvolvimento
motor e na maturidade geral;
  • alterações emocionais: são impulsivas, explosivas, destruidoras, sensíveis, frustram-se com facilidade;
  • características durante o sono; movimentam-se excessivamente enquanto dormem,

fazem movimentos rítmico com o corpo ou a cabeça no travesseiro, apresentam terror noturno;
  • alterações no processo do pensamento; dificuldade para abstrair, pensamento desorganizado, memória pobre, atenção deficiente;
  • características sociais: têm dificuldades na leitura, escrita e na aritmética (discalculia); lentidão nas tarefas; dificuldade de copiar do plano vertical para o plano horizontal (do quadro para o caderno);
  • babam excessivamente quando pequenas, chupam o dedo, roem unhas, têm dificuldade no controle dos esfíncteres e são de fácil fatigabilidade;
  • problemas disciplinares graves na família, na escola e na sociedade.

A instabilidade motora é apenas um aspecto global complexo, onde se inserem perturbações dos afetos, da psicomotricidade que desencadearam dificuldades na escolarização de tais crianças. 

Como citar esse texto:
OLIVEIRA, Meriellie Barros Brandão. Instabilidade Motora. Disponível em: http://minhaantologia.blogspot.com.br/2013/07/instabilidade-motora.html 03 de Julho de 2013. Acessado em: 

domingo, 9 de junho de 2013

Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagogico




Indicação de livro para Psicopedagogos que necessitem de um manual prático e objetivo para realização do diagnóstico psicopedagogico. Contém explicação de vários testes e modelo clínico baseado na Epistemologia Convergente.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO FRENTE AOS DESAFIOS DA INCLUSÃO ESCOLAR

Atualmente vive-se um momento histórico-cultural antagônico ao preconceito dos sujeitos com dificuldades de aprendizagem, principalmente decorrente de alguma condição de deficiência física ou mental, ocasionando uma crescente demanda por uma sociedade inclusiva com políticas publicas que acompanhem tal crescimento de pensamento. Contudo Valdelúcia Alves da Costa (2003) expõe que o tal momento cultural, devido a proibições de atitudes discriminatórias na Constituição, certamente "inibem o preconceito quanto ao seu exercício"  mas não necessariamente quanto a sua formação.

A escola, da mesma forma, propõe uma prática inclusiva e não discriminatória. No entanto, existe uma cultura milenar de um alunado idealizado  e uma proposta educacional elitista, meritocrática e homogeneizadora. Mantoan (2004) coloca que a escola transmite um conhecimento pronto, verdades absolutas e a inclusão, na maioria das escolas, causa um impacto, principalmente quando se entende inclusão como "ensinar a todas as crianças, indistintamente em um mesmo espaço educacional: as salas de aula de ensino regular.
A educação inclusiva tem como fundamento tornar efetivo os direitos à educação para crianças e jovens e adultos que apresentam necessidades educacionais especiais (NEE), que vivem em situação de vulnerabilidade e/ou sofrem qualquer tipo de discriminação.
Maluf (2012) coloca que "apesar de o direito de todas as pessoas à educação ter sido promulgado na Declaração de Direitos Humanos, em 1948, decorreram 30 anos até a terminologia "necessidades educacionais especiais" ser sistematizada, por meio do Informe de Warnock". Mora (2011, p. 314) conceitua necessidade educacionais especiais numa perspectiva que

"implica que qualquer aluno ou aluna que encontre impedimentos para progredir no aprendizado escolar, qualquer que seja a causa, receba atenção, a ajuda e os recursos especiais que sejam necessários, seja de forma circunstancial ou permanente, no contexto educativo mais adaptado possível"

A proposta do conceito supracitado é levar em conta o caráter interativo tanto das características pessoais como da resposta educativa que a escola, como um todo, oferece, visando superação pessoal e educacional.
Educação inclusiva implica num modelo escolar em que todos aprendem juntos independentemente de suas condições pessoais, sociais e culturais, incluindo aqueles que possuem alguma incapacidade.

Não obstante, torna-se relevante versar sobre a atuação do profissional psicopedagogo diante do desafio da educação inclusiva e atendimento as necessidades educacionais especiais, tendo em vista que este é o profissional qualificado a compreender e atuar mediante a situações de dificuldade de aprendizagem, inserindo (ou reinserindo) indivíduos, outrora marginalizados, no contexto escolar.
A psicopedagogia como campo científico busca entender como o ser cognoscente elabora o seu conhecimento e a razão pelo qual, em certos momentos, este não se torna sujeito do seu aprender. Fernández (2001) afirma que todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem  e os seus meios para construir o próprio saber, ou seja, uma maneira pessoal para se relacionar com o objeto de aprendizagem.

Nessa perspectiva, ao psicopedagogo, cabe conhecer o aluno, identificar as dificuldades de aprendizagem e/ou necessidades educacionais especiais, encaminhar para profissionais como psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc., no intuito de compreender holisticamente o problema e trabalhar numa perspectiva interventiva inserido esse indivíduo no ambiente escolar. Ainda, ao psicopedagogo cabe auxiliar o corpo docente, especialmente os professores, para que consigam trabalhar com os diversos estilos e modalidades de aprendizagem do alunado, respeitando as especificidades e diferenças, buscando uma prática educativa que gere reflexão crítica e acima de tudo, formação holística humana.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Bases Legais. 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias. 1998.
COSTA, Valdelúcia Alves da. Educação Escolar Inclusiva: demanda por uma sociedade democrática. Edição 2003, nº 22, Artigo publicado em Revista do Centro de Educação.
FERNÁNDEZ, Alicia. O saber em Jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto alegre: Artmed, 2001.
MALUF. Maria Irene. Inclusão: educação e responsabilidade. Artigo publicado em revista Psique, Ano VI, Edição 83, Novembro de 2012. Editora Escala.
MANTOAN, Maria Tereza. O Direito de Ser, Sendo Diferente, Na Escola. Artigo publicado na revista CEJ Conselho da Justiça Federal/ Centro de Estudos Judiciários da Justiça Federal. Ano VIII/Setembro de 2004 - Brasília/DF - ISNN 1414-008XMORA, Estela. Psicopedagogia Infanto-Adolescente - a infância. Edição Equipe Cultural, 2011. 


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Teaching Teenagers

"NO. NO, NO, NO!!!!! I CAN'T"

É inegável o fato de que muitos professores de idiomas simplesmente "freak out" quando
precisam ensinar adolescentes. ( Eu não fujo à regra). Pensamentos do tipo: "O que vou fazer?" "Como motivá-los?" "O que fazer para eles gostarem de mim?" sempre passam pela cabeça do professor.

Contudo, a série Resource Books for Teachers da Orford, trás o títuloTEENAGERS para nosso deleite.
Um livro cheio de atividades que fará o ensino de língua inglesa para essa faixa etária uma experiencia enriquecedora e valiosa.


Eu já comecei a ler!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JOY escola de idiomas

A mais nova escola de idiomas de São Luís!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

" Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos."

    'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguista
    Para David Graddol, o ideal é que o docente fale a mesma língua do aluno.
    Especialista diz que o ensino do idioma no Brasil tem décadas de atraso.
    Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo.
Para David Graddol, melhores professores de inglês não são necessariamente os nativos.

Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma.

As conclusões fazem parte de duas pesquisas desenvolvidas pelo lingüista britânico David Graddol, 56 anos, a pedido do British Council, órgão do governo do Reino Unido voltado para questões educacionais.

No Brasil para participar de seminários sobre língua estrangeira, ele avalia que o ensino do inglês nas escolas brasileiras está muitas décadas atrasado em relação a outras nações e sugere que o país aproveite os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo para tentar correr atrás do prejuízo.

Durante 25 anos, Graddol foi professor da renomada UK Open University e atualmente é diretor da The English Company e editor da Equinox Publishing. Ele prepara um terceiro estudo, este focado mais na Índia, que será publicado até o final do ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao G1.

G1 – Qual o perfil ideal de um professor de idiomas?


David Graddol - O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro.

Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Minha opinião é que elas estão erradas"

G1 - O sr. considera então que os professores nativos estão perdendo terreno para outros que falam também a língua do aluno?

Graddol - Sim e não. O que acontece é que, usando uma metáfora, o bolo geral está crescendo, porque atualmente há cerca de 2 bilhões de pessoas aprendendo inglês ao redor do mundo. O fato de o Reino Unidos e os EUA estarem perdendo essa fatia de mercado é enganoso, porque a participação deles também está crescendo. No entanto, o bolo está crescendo mais e mais rápido. Em muitos países, há reminiscências românticas acerca do ensino de inglês. Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Elas pagam inclusive a mais por isso. No entanto, minha opinião é que estão erradas. O que deve ser mudada é a maneira como o inglês é ensinado.

G1 - Como assim?


Graddol - O inglês passou a ser encarado como uma necessidade. Muitos países se relacionam e fazem negócios entre si por meio do inglês, sem que nenhum deles tenha o inglês como primeiro idioma. Em muitos lugares, o inglês deixou de ser ensinado como língua estrangeira, como na China e Índia, onde o inglês passou a ser considerado uma habilidade básica. Nesses países, os estudantes começam a aprender o idioma já nos primeiros anos escolares. A ideia é que mais tarde, quando atingirem o ensino médio, passem a ter aulas de outras disciplinas por meio do inglês. Historicamente, falar uma língua estrangeira era sinal de status. Agora, o que acontece é que as pessoas estão genuinamente tentando universalizar o idioma.

G1 - O uso do inglês como “lingua franca” [quando um idioma é utilizado por pessoas que não tenham a mesma língua nativa] pode modificar o seu ensino?

Graddol - Há certas coisas que se tornaram comuns e que parecem uma nova variedade de inglês. E nós acabamos nos habituando a esse novo uso. São coisas simples, como a maneira em que as palavras são soletradas e todas as vogais, faladas. Muitas das vogais, nós, nativos da língua, substituiríamos por um único som. Essas peculiaridades, que não necessariamente devem ser consideradas erros, precisam ser levadas em conta no ensino desse inglês global.

G1- Como avalia o crescimento da demanda pelo ensino de inglês?


Graddol - O que está acontecendo é que, desde a década de 90, houve um aumento gradativo de pessoas aprendendo inglês e atualmente cerca de 2 bilhões de pessoas estudam o idioma. No entanto, nos próximos anos, a expectativa é que haja um declínio nessa demanda.

G1 - Como se explica essa previsão de declínio?

Graddol - As pessoas que hoje estão no ensino fundamental e aprendendo o idioma chegarão ao ensino médio ou superior já sabendo inglês. Em muitos países da Europa, quando chegam nesse ponto, esses alunos começam a ter aulas de diferentes disciplinas em inglês. Então, deixam de ser estudantes de inglês e passam a ser usuários da língua. Eles não têm mais um professor de inglês, mas um professor de geografia, por exemplo, que dá aulas em inglês. Esse declínio não significa que menos pessoas estejam usando inglês, mas que o inglês, ensinado no ensino fundamental, começa a fazer parte da alfabetização básica.

G1 - Que idiomas podem representar uma ameaça ao inglês? Mandarim é um deles?


Graddol - O mandarim não é uma ameaça. Certamente que tem crescido em popularidade, mas faz parte de um pensamento antigo, quando se achava que uma língua cresceria à custa de outra. No entanto, ambas podem crescer juntas, assim como outros idiomas.

G1 - Qual o impacto da internet no uso do idioma?

Graddel - A internet é outro bolo que tem crescido cada vez mais rápido. E nela são usadas mais línguas do que antes. É um lugar que acolhe línguas menores. Meu nome é galês e, se fizer uma pesquisa no Google sobre mim na internet, aparecerão diversas páginas escritas em galês. Isso é surpreendente porque, de repente, percebemos que há um universo paralelo na internet. E o mesmo acontece com o catalão. E muitas vezes não tomamos conhecimento disso porque uma página num idioma não tem link para páginas em outro idioma. A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos.

G1 - O ensino do inglês é bastante rentável para os países onde a língua é falada.

Graddol - Os ganhos com o aprendizado do inglês não vêm só dos cursos de inglês mas também dos estudantes internacionais que vão para as universidades nesses países para terem aulas em inglês. Então, esse é outro tipo de exportação que pode ser creditada ao inglês.

G1 - A crise global afetou em algum aspecto o ensino do inglês?

Graddel - A crise global foi positiva para o setor porque provocou a desvalorização da libra esterlina e deixou o Reino Unido mais atrativo. O que aconteceu é que o Reino Unido deixou de disputar esses alunos com competidores tradicionais, como os EUA, a Austrália e, em certa medida, a Nova Zelândia. Agora, estamos perdendo para universidades na Europa, que têm cursos de diversas áreas que são dados em inglês. Um aluno coreano, por exemplo, pode estudar direito na Alemanha e ter aulas em inglês, além de estar bem no centro da União Europeia e quem sabe até aprender um pouco de alemão. Para ele, o ganho acaba sendo maior.

G1 - O ensino do inglês deve começar nos primeiros anos escolares? As crianças obtêm resultados mais consistentes?

Graddol - Diversos aspectos devem ser considerados. É possível começar a estudar inglês mais tarde. No entanto, se esse início for com 11 anos de idade, por exemplo, o número de horas dedicadas ao idioma precisa ser mais intenso, com, no mínimo, cinco ou seis horas. E esse ensino tem que ser bastante eficiente, que contemple o desenvolvimento de diversas habilidades da língua.

G1- Existe então uma idade ideal para começar a aprender inglês?


Graddol - Não. Na verdade, há vantagens e desvantagens em quase todas as idades. Conheço adultos que, com meia hora de estudo, têm rendimento maior do que uma criança justamente por causa da sua experiência adquirida ao estudar idiomas. Há vários outros aspectos a serem levados em conta. Um é que é muito mais fácil criar, numa sala de aula, um ambiente que motive as crianças a aprenderem. Elas aprendem quase sem perceber. No entanto, o principal argumento talvez seja que, como nem todas as escolas conseguiriam destinar um dia da semana de uma turma de alunos de 11 anos para ensinar inglês, o melhor é começar cedo. Assim, é possível obter um progresso gradativo, que permita ao estudante chegar no ensino médio falando inglês.

G1 - Como avalia a situação do Brasil em relação ao ensino e uso do inglês?

Graddol - No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira. Em muitos outros países, as coisas avançaram muito rapidamente e não é mais visto como uma língua estrangeira. O Brasil parece estar muitas décadas atrás do resto do mundo em termos de inglês. O que está sendo feito aqui não é suficiente para produzir pessoas realmente fluentes em inglês. As escolas estão falhando ao ensinar inglês e isso é uma ótima noticia para o setor privado. As famílias que tiverem condição de bancar os estudos mandarão seus filhos para escolas de idiomas, o que gera a divisão social.

G1 - As Olimpíadas e a Copa do Mundo podem ser oportunidades para o Brasil correr atrás desse prejuízo?

Graddol - Certamente. Foi o que a China tentou fazer, usou as Olimpíadas como uma justificativa para implantar programas de melhoria de conhecimento de inglês para a população de Pequim. Foram estabelecidas metas. E é isso que o Brasil deveria fazer, porque, se não se estabelece metas, não se sabe onde quer chegar nem se você chegou lá.

G1 - E deu certo na China?

Graddol - Entre as metas estabelecidas na China, havia algumas em relação a policiais e taxistas, por exemplo. Mas devo dizer que não deram muito certo. Como alternativa, puseram uma maquininha dentro dos táxis que emitia a tarifa da corrida para facilitar a vida do turista. No caso do Brasil, o país deve ao menos tentar garantir que os funcionários de hotéis falem bem o inglês. E as metas precisam ser estabelecidas já, porque as mudanças levam tempo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Bom livro!

O Rei da Noite de João Ubaldo Ribeiro.
(rei das crônicas e do bom humor)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

EXISTE OU NÃO EXISTE? EIS A QUESTÃO

"A ideologia purista no que diz respeito à língua é tão autoritária e dogmática que um de seus principais recursos retóricos é negar pura e simplesmente a existência mesma dos usos linguísticos que seus defensores rotulam de "erros". Nesse discurso, se uma determinada construção sintática não é acolhida pela tradição gramatical, diz-se que "isso não é português", ainda que 300 milhões de pessoas em quatro continentes falem assim. Se determinada palavra não vem registrada nos dicionários é porque ela "não existe".

Esse discurso faz a operação principal das ideologias, no sentido clássico desse termo nas ciências sociais: o falseamento da realidade por meio da inversão da história. Dá a impressão de que, na aurora dos tempos, Deus disse: "Faça-se a gramática, faça-se o dicionário". Assim a língua foi criada e somente depois surgiram as pessoas que iam falar a língua. Essa operação ideológica fica bem evidente no discurso, igualmente tradicionalista, de que "hoje em dia ninguém fala certo", como se em algum momento do passado, numa Idade de Ouro linguística, todas as pessoas tenham falado a língua exatamente como ela vem prescrita nas gramáticas e nos dicionários. Pura fantasia, agridoce ilusão. Ninguém jamais, em lugar nenhum, falou, fala ou falará uma língua tal como vem desenhada e moldada nas gramáticas e nos dicionários. Essa "língua" registrada ali é que, de fato, não existe. É um modelo utópico, um padrão ideal, baseado numa modalidade de uso extremamente restrita, um cânone literário antiquado, e que despreza tudo o que a ciência moderna sabe a respeito das línguas: que elas são mutantes, variáveis, heterogêneas, instáveis.

Essa ideologia, infelizmente, está impregnada até hoje na maioria dos livros didáticos destinados ao ensino de português no Brasil. Embora tenham abraçado modernas teorias linguísticas no tocante à prática da leitura e da produção de textos, quando o assunto é gramática, continuam apegados a um modo de ver a língua que as ciências da linguagem já provaram ser francamente equivocado, falho, errado mesmo. Consultando um desses livros, por exemplo, encontrei a seguinte pérola: "Não existe 'apesar que'." Ora, se não existe, por que a necessidade de explicitar essa não-existência? É no mínimo irracional e ilógico apresentar, numa obra didática, alguma coisa que "não existe". A verdade é que "apesar que" existe, sim, e sua simples menção no livro didático é a prova cabal dessa existência. Só que tal existência é condenada pela norma estreita e estrita que se pretende veicular como "língua certa". Há uma distância astronômica entre não existir, pura e simplesmente, e existir e ser condenado - mas essa distância é facilmente vencida pelas botas-de-sete-léguas da ideologia. Consultando a internet, encontrei nada menos do que 305 mil ocorrências de "apesar que" em textos escritos, incluindo pareceres jurídicos, teses acadêmicas, artigos científicos. Para algo que não existe é um número bem alto, não? É uma pena que nosso ensino de português ainda se agarre com tanta unhas e dentes a um fantasma de língua, em vez de desdobrar em sala de aula a realidade múltipla, diversificada e fascinante da língua nossa de cada dia."

Artigo de Marcos Bagno publicado na Revista Caros Amigos
Ver no site oficial: marcosbagno.com.br

sábado, 3 de julho de 2010

Letras bem humoradas!

Pérolas do vestibular da UFRJ. Só pra descontrair!

  •  O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro. 
  •  O vento é uma imensa quantidade de ar.
  •  O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas. 
  •  Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.
  •  A Igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela.
  •  O sol nos dá luz, calor e turistas.
  •  As aves têm na boca um dente chamado bico.
  •  Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes.
  •  O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.
  •  Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado.
  •  A insônia consiste em dormir ao contrário.
  •  A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.
  •  O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas.  

 # Frases tiradas do site da universidade Estácio de Sá.#
 Acesse:  http://www.estacio.br/rededeletras/numero17/letras_humoradas/texto1.asp

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Anjos Caídos - Tracy Chevalier




Anjos Caídos, no original, Fallen Angels, é o terceiro livro da escritora americana Tracy Chevalier.

Nesse romance, a escritora detém-se em dois assuntos principais: o movimento sufragista feminino e as pompas fúnebres do período vitoriano.

Chevalier manteve seu costume de dividir a narrativa em períodos de tempo ao invés de numerar os capítulos.

Anjos Caídos inicia em Janeiro de 1901, com o falecimento da rainha Vitória e encerra em Maio de 1910 com o de Eduardo VII. Dessa forma, a história evolui com método, uma coisa após a outra, sem grandes retornos ou surpresas. Voltando-se para o começo do livro, percebe-se que nada foi esquecido.

O envolvimento na causa sufragista tira a personagem Kitty Coleman da mórbida melancoloa em que caiu apos abortar um filho aduterino.

Quanto ao culto vitoriano dos mortos, Chevalier é mais descritiva que reflexiva. Ela quer justamente retratar a transição entre a era vitoriana e seus códigos mortuários rígidos e o mundo moderno onde a morte parece não ter atenção merecida.
O ápice da trama está em torno da personagem Kitty Coleman e a luta feminina pelo voto, direitos e aceitação social.


Uma leitura interessante e prazerosa!

terça-feira, 31 de março de 2009

O vídeo em sala da aula

O vídeo em sala de aula é um recurso que pode viabilizar a realização de inúmeras tarefas, explorando múltiplas formas de linguagem, incluindo a visual, que é aguçada no homem contemporâneo além de ser um atrativo para o aluno.

O vídeo tem uma característica marcante: possibilita a interação e o conhecimento de cenários diferentes, pessoas de outros lugares com suas falas coloquiais ou cultas, modos e estilos de vida, etc. Isso dentro da realidade educacional é de muitíssima grandeza, pois abre caminho para uma discussão e análise crítica da realidade cultural que nos rodeia.

José Manuel Moran afirma que “A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica.”

PROPOSTAS DE USO DO VÍDEO

A seguir segue algumas dicas de uso do vídeo baseado em pesquisas e experiências reais em sala de aula nas quais são flexíveis a realidade de cada professor.

1- Ao iniciar um tema ou uma nova unidade do livro didático, é interessante sensibilizar os alunos com um vídeo relacionado ao assunto. Isso despertará a curiosidade e motivação para o novo tema.

2- Ao tratar de um assunto que esteja de certa forma distante da realidade e/ou alcance do aluno, procure um vídeo que esclareça e exemplifique a questão tratada. Por exemplo, um vídeo que mostre o dia a dia dos americanos, ou o modo de vida dos ingleses no séc. XIV etc.

3- Trazer para sala de aula um vídeo com um trecho de um programa de televisão ou jornal ou ainda um trailer de um filme para levantar análise e discussão de um determinado tema.

4- Os alunos podem ser incentivados a produzir um documentário, ou uma apresentação oral, musical, teatral, etc., para a produção de um vídeo. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos.

USOS INADEQUADOS

1- Colocar um vídeo quando falta um professor ou quando não há nada planejado.

2- Exibir um vídeo sem ligação com o tema proposto.

3- Uso exagerado de vídeo na sala. Perde-se a eficácia do recurso e empobrece a aula.

4- Vídeo e só vídeo não produz resultado. O professor precisa elaborar dinâmicas e questionamentos para análise.

5- Em uma aula de curso de línguas com 70 minutos de duração, por exemplo, é improdutiva a exibição de um filme inteiro tomando o tempo de duas aulas. Filme os alunos podem ver no cinema.

Em suma, o vídeo é um recurso incrível que pode viabilizar a realização de atividades criativas em sala de aula, tornando o processo de ensino dinâmico e produtivo.
Ainda há mais o que compartilhar. Sugiro a leitura de José Manuel Moran, que trata com propriedade o tema Educação e Tecnologia.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sociolinguística

Sociolingüística

Sociolingüística é a ciência que estuda a língua da perspectiva de sua estreita ligação com a sociedade onde se origina. Se para certas vertentes da lingüística é possível estudar a língua de forma autônoma, como entidade abstrata e independente de fatores sociais, para a sociolingüística a língua existe enquanto interação social, criando-se e transformando-se em função do contexto sócio-histórico.

Desenvolvida em grande parte por William Labov (1969, 1972, 1983), a sociolingüística permitiu o estudo científico de fatos lingüísticos excluídos até então do campo dos estudos da linguagem, devido a sua diversidade e conseqüente dificuldade de apreensão. Através de pesquisas de campo, a sociolingüística - inspirada no método sociológico - registra, descreve e analisa sistematicamente diferentes falares, elegendo, assim, a variedade lingüística como seu objeto de estudo.

A sociolingüística estuda a variedade lingüística a partir de dois pontos de vista: diacrônico e sincrônico. Do ponto de vista diacrônico (histórico), o pesquisador estabelece ao menos dois momentos sucessivos de uma determinada língua, descrevendo-os e distinguindo as variantes em desuso (arcaismos). Do ponto de vista sincrônico (mesmo plano temporal), o pesquisador pode abordar seu objeto a partir de três pontos de vista: geográfico (ou diatópico), social (ou diastrático) e estilístico (contextual ou diafásico).

A perspectiva geográfica é horizontal, ou seja, implica o estudo dos falares de comunidades lingüísticas distintas em espaços diferentes, mas em um mesmo tempo histórico. Os dialetos ou falares dessas comunidades produzem os regionalismos. Os estudos de caráter geográfico distinguem uma linguagem urbana - cada vez mais próxima da linguagem comum - de uma linguagem rural, mais conservadora, isolada, em gradual extinção devido em grande parte ao avanço dos meios de comunicação, que privilegiam a fala urbana.

A perspectiva social é vertical, ou seja, implica o estudo dos falares de diferentes grupos dentro de uma mesma comunidade. Os falantes são agrupados principalmente por nível sócio-econômico, escolaridade, idade, sexo, raça e profissão. Desta perspectiva, observa-se e analisa-se a distinção entre um dialeto social/culto (considerado a língua padrão) - que é preso à gramática normativa, é a língua ensinada nas escolas e está em estreita conexão com o uso literário do idioma e com situações de fala mais formais - e um dialeto social/popular (considerado subpadrão) - mais ligado à linguagem oral do povo e às situações menos formais de comunicação.

Sob a perspectiva estilística, por sua vez, o pesquisador estuda o uso que um mesmo falante faz da sua língua. Considera que o falante realiza suas escolhas influenciado pela época em que vive, pelo ambiente, pelo tema, por seu estado emocional e pelo grau de intimidade entre interlocutores. Tais fatores determinam a escolha do registro (ou nível de fala) a ser utilizado pelo falante quanto a: grau de formalismo (uso mais ou menos formal da língua); modo (língua falada ou escrita); e sintonia (maior ou menor grau de tecnicidade, cortesia ou respeito à norma, tendo-se em vista o perfil do interlocutor).


Escrito por
Tatiana Piccardi

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

FRANKENSTEIN




O título original é Modern Prometheus, porém mais conhecido como Frankenstein. É um romance de terror gótico de autoria de Mary Shelley,(1797 – 1851) filha do filósofo William Godwin e da escritora feminista Mary Wollstonecraft. Mary casou – se com o poeta Percy Bysshe Shelley que morreu em 1822.
O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que cria um monstro em seu laboratório tomado pela ânsia de alcançar a glória através da ciência. Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos. Shelley relatou sua versão da gênese da história no prefácio à terceira edição de seu romance.
Embora a cultura popular tenha associado o nome Frankenstein à criatura, esta não é nomeada por Mary Shelley. Ela é referida como “criatura”, “monstro”, “demônio”, “desgraçado” por seu criador. Após o lançamento do filme Frankenstein em 1933 o público passou a chamar assim a criatura.
Frankenstein aborda diversos temas ao longo do texto, sendo o mais gritante a relação de criatura e criador, com óbvias implicações religiosas. Uma influência notável na obra é o poema Paradise Lost de Jonh Milton que aborda a criação do homem e sua queda.
É um clássico. Vale a pena ler.







terça-feira, 11 de novembro de 2008

* Alanis Morissette de volta *

***

Doze anos depois do lançamento de Jagged Little Pill,

um álbum que ganhou 7 Grammys e reproduziu uma dedicada base de fãs ao redor do mundo,

Alanis Morissette continua não apenas uma artista popular,

mas alguém cujo sucesso está enraizado à autenticidade agressiva e a uma extensa equivalente vulnerabilidade.

Essas duas características permitem que ela alcance novas alturas com seu último álbum,

Flavors of Entanglement.

Servindo de guia na escalada, o produtor eletrônico Guy Sigsworth (Björk, Imogen Heap),

que escreveu e produziu o álbum com Morissette.

Doze canções nasceram das sessões de composição em Londres e Los Angeles,

uma fornada selecionada para a edição final de Flavors of Entanglement.

Enquanto trabalhava em seu processo usual

- criando canções como retratos de sua vida -

Morissette encontrou suporte catártico durante um momento de grande transição em sua vida.

"Geralmente, escrevo em retrospecto, mas desta vez tudo foi escrito em tempo real", conta.

"Essa gravação me ajudou a passar por alguns momentos de fragilidade.

Cada canção era como um bote salva-vidas.

"Sua predileção pelo ecletismo, seja musical,

espiritual ou de qualquer tipo, trouxe novos sons e estilos a seu último esforço,

seu primeiro álbum original gravado em estúdio em quatro anos.

Percussão oriental e cordas misturadas com um colorido eletrônico na música de abertura,

"Citizen of the Planet", uma narrativa poética sobre sua história e perspectiva internacional.

A visão yin/yang de Morissette do microcósmico ser evidenciado no mundo macrocósmico leva a "Underneath", que reflete a idéia de Mahatma Gandhi: "Você deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo".Enquanto desconstrói o comportamento humano na estridente

"Versions of Violence",

Morissette oferece uma abordagem mais pessoal de ser alvo de comportamento

enlouquecedor com a difícil "Straitjacket",

o lamento de beleza fantasmagórica do amor perdido de "Torch",

a clara declaração de "Moratorium",

a flutuação hipnótica de "Tapes", o agradecimento em

"In Praise of the Vulnerable Man". Morissette explora a geralmente cíclica natureza do aprendizado em faixas como a pensativa e depressiva "Not As We",

e a estática liberdade de "Giggling Again for No Good Reason",

antes de fechar com a ascensão da Fênix de "Incomplete".

"Não há nenhum artista - homem ou mulher – que o leve no tipo de jornada emocional que Alanis leva",

diz Sigsworth.

"Ela tem esse imenso, super-massivo, devorador alcance emocional.

Ela sobe ao nível 10 da escala Richter e estamos com ela no epicentro enquanto canta o mundo da existência. Ela pode ser raivosa e hostil,

perturbada e desoladamente arrasada, radiantemente nostálgica,

sensual, refrescante e autodepreciativa,

tudo em um só álbum.

"Doze anos depois de o mundo descobrir Alanis Morissette,

uma artista mais madura permanece comprometida com seu caminho criativo e seu forte desejo de ajudar outros a percorrem os seus.

"Eu vivo para CURAR rupturas e criar uma ponte entre os aspectos humanos e o divino da vida,

e espero que ao compartilhar minhas experiências,

possa dar suporte às pessoas em suas próprias jornadas, onde quer que elas sejam", explica.

"Do contrário, eu simplesmente cantaria no chuveiro e cuidaria do jardim."


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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

The history of the English language

'The history of every language is unique, because each language is inherently bound to the thinking, nature, and spirit of a people, all of which are continuously altered by the twists and turns of events.' (Crane, Yeager and Whitman.)

'A história de cada língua é única, porque cada língua é intrinsecamente vinculado ao pensamento, a natureza, e o espírito de um povo, todos os quais são continuamente alterados pelas voltas e mais voltas de eventos.'



Baseado nessa afirmação, Descreva com suas palavras a tragetória histórica da Língua Inglesa e conclua com sua opnião a respeito da importância dessa evolução ao longo do tempo.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O menos natural dos amores

Poucas pessoas, hoje, vêem a amizade como um amor de valor comparável. Há inumeros poemas que exaltam o valor do amor Eros, mas poucos que tenham o tema amizade. O mundo moderno a ignora; ela não é um dos pratos principais no banquete da vida, mas algo marginal, uma diversão, algo que preenche o tempo livre. Eu acredito que, poucos a valorizam porque poucos têm experiência dela. Evitaria-se ao máximo ferir alguém que jamais queira-se perder.

A amizade é o menos natural dos amores, o menos instintivo, o menos biológico e o menos necessário. Não há nada de visceral nela, nada que acelere o batimento cardíaco...; pode-se viver e morrer sem amizade. Não é nada animal, como Eros é. O fato de ser fiel com um amigo é simplesmente uma questão de decisão, propósito e caráter.

Muitos não conseguem conceber a amizade como um amor real, mas somente como um disfarce para Eros. Quem nunca ouviu alguém dizer que não existe amizade entre um homem e uma mulher? Quem assim acredita revela o fato de que nunca teve um amigo, embora seja possível ter amor erótico e amizade por uma mesma pessoa.

Entretanto, nada se parece menos com a amizade que um caso de amor. Os amantes vivem conversando entre si sobre o seu amor; os amigos quase nuncam falam sobre sua amizade. Em geral os amantes se põem frente a frente, focados um no outro; os amigos, lado a lado, focados em algum interesse comum.

A amizade surge quando dois ou mais companheiros descobrem que têm em comum alguma idéia , interesse ou mesmo um gosto no qual os demais não partilham, e que até então cada um acreditava ser o seu tesouro (ou fardo) especial. A frase típica do início da amizade seria algo assim: "O quê? Você também? Pensei que fosse só eu." E então, sem sequer perceber, pessoas se unem em afeição.

Como diz C.S.Lewis, a condição para ter amigos é querer alguma coisa além de amigos. É por isso que aquelas pessoas patéticas que simplesmente querem "fazer amigos" nunca conseguem. Toda amizade precisa ser sobre alguma coisa, mesmo que apenas um interesse por dominó. Quem não tem nada não pode compartilhar nada. Quem não está indo pra lugar nenhum não pode ter companheiros de viagem.

Esse amor, livre do instinto, livre de todas as obrigações exceto as que o amor assume livremente, quase totalmente livre de ciúme e livre incondicionalmente da necessidade de ser necessário, é eminentemente espiritual. É o tipo de amor que eu consigo imaginar entre anjos!
Uma vez lendo Isaías 6:3 onde fala que os an jos comunicam uns aos outros em todo tempo que Deus é santo, santo santo, imaginei que essa verdade fosse comum entre eles, o que todos fortemente acreditam, o que os une.

Para o cristão não existem acasos. Há um M.C invisível em atividade. Aquele que nos escolheu para Ele, pode também nos escolher uns para os outros , fazendo nascer,assim, amizades baseadas na verdade e enriquecidas pelo amor verdadeiro.


;; { baseado na obra Os quatro amores de C.S. Lewis } ;;

terça-feira, 13 de maio de 2008

um novo modelo em ensino de línguas

Você pode ser um bom motorista sem saber qual é a diferença entre um motor a diesel e outro a gasolina, assim como conseguimos nos expressar bem em português sem sabermos o que é uma oração subordinada. Você pode também falar línguas sem ter que estudá-las. Não quero aqui defender a idéia de que você não precisa se dedicar ao estudo de uma segunda língua, mas sim esclarecer o que é, e como se dá o processo de seu aprendizado.

A expressão "aprender inglês" está tão batida e surrada, que já não tem um significado muito claro. Vamos pensar o seguinte: se "aprender inglês" significa conhecer sua estrutura, saber formar frases interrogativas e negativas sem errar, decorar os verbos irregulares, algum vocabulário, então você já aprendeu no 2° grau e não precisa mais se preocupar - está pronto para este novo século, certo?
Se "aprender inglês" significa memorizar frases e expressões de forma mecânica e repetitiva, ter um certificado do Cursinho X, muitos de vocês também já estão prontos!

Todavia, se "aprender inglês" significa falar com naturalidade, sentir-se à vontade na presença de estrangeiros, acompanhar filmes e as notícias da CNN, argumentar, defender seus pontos de vista, comprar e vender em inglês, construir laços de amizade ou ainda, namorar em inglês, funcionar como um ser humano normalmente funciona em sociedade, então talvez você não esteja tão pronto assim.

Aprender inglês significa desenvolver habilidades funcionais. É o que a lingüística moderna denomina de aquisição da linguagem ou assimilação natural. É um processo semelhante ao de assimilação da língua materna pelas crianças. É reaprender a estruturar o pensamento, desta vez nas formas de uma nova língua. O aprendiz é protagonista e não espectador do processo ensino-aprendizagem, e sua realidade faz parte do contexto em que a comunicação ocorre.

Tenho visto e observado diferentes técnicas e abordagens no ensino de língua inglesa no Maranhão. Parece me que o compromisso com o ensino efetivo está sendo deixado de lado, dando espaço a um modelo simplista, mal fundamentado metodologicamente, visando fins lucrativos e só!

O modelo de ensino tradicional vem sendo substituído por um foco mais comunicativo, capacitando o aprendiz a ouvir, falar, escrever de forma autêntica, desde as primeiras aulas do nível inicial. Em uma aula nessa metodologia, o professor é um facilitador, colaborando e direcionando a aprendizagem, de maneira a providenciar circunstâncias para que o aluno pense e interaja na língua alvo. Além disso o professor considera as variações individuais de seus alunos, tais como motivação, ansiedade, inibições, dificuldades, status social etc.

Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais eficaz e centrado nas necessidades e interesses do aprendiz. É ela que inspira metodologias e técnicas mais eficazes nos dias de hoje. No entanto, serão menos eficazes se limitarem-se a atividades artificiais desprovidas de contextos autênticos e multiculturais. Convido, assim, você professor de línguas, a utilizar esse conhecimento teórico em sua prática de ensino e proporcionar aos seus alunos um aprendizado significativo.