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Antologia significa coleção de flores, porém, com uso mais comum relacionado a coleção de trabalhos literários.

Chamo esse blog de 'minha antologia' na intenção de colecionar textos de diferentes naturezas em um só local.

Falo aqui dos meus interesses: literatura, linguistica, ensino,educação, música, arte e fé cristã.





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terça-feira, 13 de maio de 2008

um novo modelo em ensino de línguas

Você pode ser um bom motorista sem saber qual é a diferença entre um motor a diesel e outro a gasolina, assim como conseguimos nos expressar bem em português sem sabermos o que é uma oração subordinada. Você pode também falar línguas sem ter que estudá-las. Não quero aqui defender a idéia de que você não precisa se dedicar ao estudo de uma segunda língua, mas sim esclarecer o que é, e como se dá o processo de seu aprendizado.

A expressão "aprender inglês" está tão batida e surrada, que já não tem um significado muito claro. Vamos pensar o seguinte: se "aprender inglês" significa conhecer sua estrutura, saber formar frases interrogativas e negativas sem errar, decorar os verbos irregulares, algum vocabulário, então você já aprendeu no 2° grau e não precisa mais se preocupar - está pronto para este novo século, certo?
Se "aprender inglês" significa memorizar frases e expressões de forma mecânica e repetitiva, ter um certificado do Cursinho X, muitos de vocês também já estão prontos!

Todavia, se "aprender inglês" significa falar com naturalidade, sentir-se à vontade na presença de estrangeiros, acompanhar filmes e as notícias da CNN, argumentar, defender seus pontos de vista, comprar e vender em inglês, construir laços de amizade ou ainda, namorar em inglês, funcionar como um ser humano normalmente funciona em sociedade, então talvez você não esteja tão pronto assim.

Aprender inglês significa desenvolver habilidades funcionais. É o que a lingüística moderna denomina de aquisição da linguagem ou assimilação natural. É um processo semelhante ao de assimilação da língua materna pelas crianças. É reaprender a estruturar o pensamento, desta vez nas formas de uma nova língua. O aprendiz é protagonista e não espectador do processo ensino-aprendizagem, e sua realidade faz parte do contexto em que a comunicação ocorre.

Tenho visto e observado diferentes técnicas e abordagens no ensino de língua inglesa no Maranhão. Parece me que o compromisso com o ensino efetivo está sendo deixado de lado, dando espaço a um modelo simplista, mal fundamentado metodologicamente, visando fins lucrativos e só!

O modelo de ensino tradicional vem sendo substituído por um foco mais comunicativo, capacitando o aprendiz a ouvir, falar, escrever de forma autêntica, desde as primeiras aulas do nível inicial. Em uma aula nessa metodologia, o professor é um facilitador, colaborando e direcionando a aprendizagem, de maneira a providenciar circunstâncias para que o aluno pense e interaja na língua alvo. Além disso o professor considera as variações individuais de seus alunos, tais como motivação, ansiedade, inibições, dificuldades, status social etc.

Sem dúvida, a abordagem comunicativa representa uma evolução inteligente em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais eficaz e centrado nas necessidades e interesses do aprendiz. É ela que inspira metodologias e técnicas mais eficazes nos dias de hoje. No entanto, serão menos eficazes se limitarem-se a atividades artificiais desprovidas de contextos autênticos e multiculturais. Convido, assim, você professor de línguas, a utilizar esse conhecimento teórico em sua prática de ensino e proporcionar aos seus alunos um aprendizado significativo.

6 comentários:

Carol disse...

De fato, a abordagem comunicativa é um método que permite a utilização contextualizada da língua em aquisição e que, de uma forma ou de outra, se faz necessário e está presente mesmo em aulas que utilizem outros métodos. É muito importante que o aluno tenha esse contato com a língua em situações reais, para verificar a eficiência e por em prática o seu aprendizado.

Monique Gomez disse...

é isso aí, teacher! O professor tem que tornar a aula dinâmica e as técnicas e abordagens não devem ser aquelas tradicionais e blábláblá...até pq é chato pra $%&##* o professor tem que estar ciente que a responsabilidade dele é grande, e tem que estar sempre procurando a melhor forma de passar o conteúdo para os alunos. não só chegar na sala, jogar o conteúdo de forma qualquer. Enfim
huhu...nem sei o que eu falei, ow...foi só pra encher lingüiça...
=***

Thyago disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thyago disse...

Realmente acredito que existe uma maior facilidade de absorção por parte do aluno quando ele encontra a sua vida cotidiana bem contextualizada nos diversos assuntos a serem abordados pelo professor em sala de aula.A naturalidade e fluência do respectivo indioma lecionado torna-se bem mais vísivel e fácil de se explorar.

:.: meriellie brandãO :.: disse...

só quero ressaltar que o sucesso de uma aula está exatamente na habilidade do professor em explorar técnicas de variadas metodologias - (A movimentaçao corporal do método TPR, a repetiçao do método audio-lingual, por exemplo.)a abordagem comunicativa é, na minha opnião, o "lugar" onde você pode fazer esse "balaio" sadio!

MaiNe disse...

Então Meriellie...
Valeu pela visita, sobre sua pergunta, meu conselho é começar com um longboard (é uma prancha bem grande acima de 9 pés) com ela você terá mais facilidade para ficar em pé, dai na medida em que você estiver com facilidade nesse movimento, tente ir diminuindo aos poucos o tamanho da prancha. Escrevi um texto dando algumas dicas para os iniciantes, dá uma lida lá depois: http://maineland.blogspot.com/2008/03/dicas-de-surf.html
Sobre o seu texto, acho que você tem total razão quanto a esse tipo de metodologia de ensino, da mesma forma que diplomas não preparam uma pessoa para a vida, a maioria dos "tradicionais" cursos de inglês, além de caros e demorados, te ensinam um montão de coisas desnecessárias para, creio eu, o objetivo principal da grande maioria das pessoas que os procuram, ou seja, fazer sua mente funcionar em inglês com a mesma eficiência que em sua língua natal. Eu mesmo já tive a oportunidade de viajar com pessoas com o tal diploma "toffel" (não sei se é assim que se escreve) e na hora do vamos ver, o meu inglês de escola estadual, revistas e filmes de surf, alguns meses morando nos EUA e outro tanto de viagens internacionais, funcionou da mesma forma e em muitos momentos tive até que dar uma ajuda quando o negócio eram gírias ou algumas expressões que fogem ao inglês acadêmico. Assim sendo, creio que a abordagem "tradicional" muitas vezes acaba até por desestimular aqueles que só estão a fim de aprender a funcionar em inglês.
É isso ai... Vamos nos falando...
Mahalo!!