"Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por entendê-las." SPINOZA
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Antologia significa coleção de flores, porém, com uso mais comum relacionado a coleção de trabalhos literários.
Chamo esse blog de 'minha antologia' na intenção de colecionar textos de diferentes naturezas em um só local.
Falo aqui dos meus interesses: literatura, linguistica, ensino,educação, música, arte e fé cristã.
Bem Vindo!
domingo, 9 de junho de 2013
Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagogico
Indicação de livro para Psicopedagogos que necessitem de um manual prático e objetivo para realização do diagnóstico psicopedagogico. Contém explicação de vários testes e modelo clínico baseado na Epistemologia Convergente.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO FRENTE AOS DESAFIOS DA INCLUSÃO ESCOLAR
Atualmente vive-se um momento
histórico-cultural antagônico ao preconceito dos sujeitos com dificuldades de
aprendizagem, principalmente decorrente de alguma condição de deficiência
física ou mental, ocasionando uma crescente demanda por uma sociedade inclusiva
com políticas publicas que acompanhem tal crescimento de pensamento. Contudo
Valdelúcia Alves da Costa (2003) expõe que o tal momento cultural, devido a
proibições de atitudes discriminatórias na Constituição, certamente
"inibem o preconceito quanto ao seu exercício" mas não necessariamente quanto a sua
formação.
A escola, da mesma forma, propõe
uma prática inclusiva e não discriminatória. No entanto, existe uma cultura
milenar de um alunado idealizado e uma
proposta educacional elitista, meritocrática e homogeneizadora. Mantoan (2004)
coloca que a escola transmite um conhecimento pronto, verdades absolutas e a
inclusão, na maioria das escolas, causa um impacto, principalmente quando se
entende inclusão como "ensinar a todas as crianças, indistintamente em um
mesmo espaço educacional: as salas de aula de ensino regular.
A educação inclusiva tem como
fundamento tornar efetivo os direitos à educação para crianças e jovens e
adultos que apresentam necessidades educacionais especiais (NEE), que vivem em
situação de vulnerabilidade e/ou sofrem qualquer tipo de discriminação.
Maluf (2012) coloca que
"apesar de o direito de todas as pessoas à educação ter sido promulgado na
Declaração de Direitos Humanos, em
1948, decorreram 30 anos até a terminologia "necessidades educacionais
especiais" ser sistematizada, por meio do Informe de Warnock". Mora (2011, p. 314) conceitua necessidade
educacionais especiais numa perspectiva que
"implica que qualquer aluno ou aluna que encontre
impedimentos para progredir no aprendizado escolar, qualquer que seja a causa,
receba atenção, a ajuda e os recursos especiais que sejam necessários, seja de
forma circunstancial ou permanente, no contexto educativo mais adaptado possível"
A proposta do conceito
supracitado é levar em conta o caráter interativo tanto das características
pessoais como da resposta educativa que a escola, como um todo, oferece,
visando superação pessoal e educacional.
Educação inclusiva implica num
modelo escolar em que todos aprendem juntos independentemente de suas condições
pessoais, sociais e culturais, incluindo aqueles que possuem alguma incapacidade.
Não obstante, torna-se relevante
versar sobre a atuação do profissional psicopedagogo diante do desafio da
educação inclusiva e atendimento as necessidades educacionais especiais, tendo
em vista que este é o profissional qualificado a compreender e atuar mediante a
situações de dificuldade de aprendizagem, inserindo (ou reinserindo)
indivíduos, outrora marginalizados, no contexto escolar.
A psicopedagogia como campo
científico busca entender como o ser cognoscente elabora o seu conhecimento e a
razão pelo qual, em certos momentos, este não se torna sujeito do seu aprender.
Fernández (2001) afirma que todo sujeito tem sua modalidade de
aprendizagem e os seus meios para
construir o próprio saber, ou seja, uma maneira pessoal para se relacionar com
o objeto de aprendizagem.
Nessa perspectiva, ao
psicopedagogo, cabe conhecer o aluno, identificar as dificuldades de
aprendizagem e/ou necessidades educacionais especiais, encaminhar para
profissionais como psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc., no intuito
de compreender holisticamente o problema e trabalhar numa perspectiva
interventiva inserido esse indivíduo no ambiente escolar. Ainda, ao
psicopedagogo cabe auxiliar o corpo docente, especialmente os professores, para
que consigam trabalhar com os diversos estilos e modalidades de aprendizagem do
alunado, respeitando as especificidades e diferenças, buscando uma prática
educativa que gere reflexão crítica e acima de tudo, formação holística humana.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério
da Educação e Cultura. Parâmetros
Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Bases Legais. 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Linguagens,
códigos e suas tecnologias. 1998.
COSTA, Valdelúcia Alves da. Educação Escolar Inclusiva: demanda por uma
sociedade democrática. Edição 2003, nº 22, Artigo publicado em Revista do
Centro de Educação.
FERNÁNDEZ, Alicia. O saber em Jogo: a psicopedagogia
propiciando autorias de pensamento. Porto alegre: Artmed, 2001.
MALUF. Maria Irene. Inclusão: educação e responsabilidade.
Artigo publicado em revista Psique, Ano VI, Edição 83, Novembro de 2012.
Editora Escala.
MANTOAN, Maria Tereza. O Direito de Ser, Sendo Diferente, Na
Escola. Artigo publicado na revista CEJ Conselho da Justiça Federal/ Centro
de Estudos Judiciários da Justiça Federal. Ano VIII/Setembro de 2004 -
Brasília/DF - ISNN 1414-008XMORA, Estela. Psicopedagogia Infanto-Adolescente - a
infância. Edição Equipe Cultural, 2011.
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